
É muito bom sentir aquela sensação acolhedora ser recebido por seu bichinho com muita animação, não é? Os animais costumam fazer com que nos sintamos amados e cuidados. Quando pensamos em pessoas com deficiência, isso ganha um valor ainda maior, já que alguns pets são aliados em tratamentos e estimulam a interação, manutenção da linguagem e, por vezes, potencializam a segurança.
Delfinoterapia

Um exemplo nada comum de como os animais podem ajudar é a delfinoterapia. Embora não muito conhecida, é uma terapia considerada muito eficiente. Ela ocorre por meio da assistência de golfinhos e um terapeuta, de acordo com as especificidades de cada indivíduo: os pacientes interagem com os golfinhos, realizando atividades relacionadas às áreas em que possuem traumas e/ou deficiências, entregando objetos para os animais, focando a atenção nas reações, o que estimula a relação com o ambiente a partir da percepção dos movimentos deles. As sessões visam estimular a atenção e, assim, reforçar os tratamentos mais tradicionais.
Equoterapia

Um outro exemplo da super ajuda dos pets, é a equoterapia: terapia feita com cavalos. Seu principal foco é desenvolver a mente e o corpo de indivíduos que possuam, por exemplo, síndrome de Down, paralisia cerebral, hiperatividade e autismo. Ela serve como um complemento ao tratamento dessas deficiências e deve ser realizada em um local preparado, já que o cavalo precisa ser manso e estar treinado. É necessária a presença do treinador do cavalo e também de um terapeuta. É possível destacar a melhora da postura e do equilíbrio e o desenvolvimento da coordenação motora como benefícios.
Cães de Assistência

Um exemplo clássico de como nossos doguinhos podem contribuir com a acessibilidade de pessoas com deficiência é sendo cão-guia: um forte companheiro de pessoas cegas ou que possuam algum tipo de deficiência visual. No Brasil, mesmo com uma grande demanda, infelizmente o número de cães-guia não é muito expressivo. Dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que há mais de 6 milhões de indivíduos nessa situação e, aproximadamente, apenas 200 cães-guia para auxiliá-las.
No entanto, essa não é a sua única função. Os chamados cães de assistência podem ter diversas outras atribuições, podendo ser classificados da seguinte maneira:
- Cão-guia: utilizados para auxiliar pessoas cegas ou baixa visão.
- Cão de serviço: ajudam indivíduos com deficiência física ou com a mobilidade comprometida.
- Cão de sinalização (cão para surdos): indicam a origem dos sons para essas pessoas.
- Cão de alerta: podem auxiliar sinalizando situações de ataque a indivíduos com doenças crônicas.
- Cão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA): tem a função de ajudar na manutenção da integridade física e controlar situações de emergência.
Por: Ana Clara Trugilho
Edição: Beatriz Proença
- O que você precisa saber sobre câncer de mama? Uma conversa com a Dra. Carla Bulcão
- Entrevista: moda e inclusão com Larissa e Maju de Araújo
- Entrevista Marcos Lima – Maior Youtuber Cego do Brasil
- Como acessibilizar conteúdos para pessoas cegas ou com baixa visão?
- Somos mesmo tão diferentes assim?