Mulheres, maternidade e deficiência

Mesmo estando no século 21, pessoas com deficiência ainda são vistas como incapazes de desempenhar certas atividades. Quando falamos de deficiência associada à maternidade, ocorre um estranhamento maior, porque a sociedade, muitas vezes, vê esses indivíduos de maneira limitada, não os relacionando com assuntos como sexualidade e gravidez. A infantilização de pessoas com deficiência, por exemplo, é um fator que contribui fortemente para isso.

Para contrariar essa estrutura de pensamento equivocada, é importante ouvir e buscar entender o que as pessoas com deficiência têm a dizer, evitando, assim, um cenário de desinformação onde inverdades são espalhadas e criam noções totalmente preconceituosas e capacitistas

Na página virtual Território Deficiente, por exemplo, encontra-se um e-book chamado Sexualidade e Deficiência, onde há relatos como o da mãe de Alice que diz: “A deficiência não foi uma barreira para eu ser mãe. Contudo, não posso afirmar que toda mulher com deficiência pode engravidar e ter uma gestação sem nenhuma intercorrência, assim como também não é possível afirmar que qualquer mulher sem deficiência possa ter uma gestação perfeita.”. 


Disponível em: https://www.territoriodeficiente.com/2019/09/a-mulher-com-deficiencia-desafios-da-maternidade.html) 

Podemos concluir, então, que a deficiência deve ser vista como apenas mais uma características da pessoa, não como algo a ser romantizado ou entendido como invalidez. Cada mulher tem suas particularidades e, durante a gestação, essa será apenas mais uma a se considerar. 

Além disso, é necessário maior valorização de todas as mães, principalmente devido a sobrecarga que muitas delas carregam por causa do grande acúmulo de funções (esposa, funcionária, mãe, dona de casa). Seguindo este caminho, vale destacar a criação do projeto “Colo para Mães” criado pela psicóloga Karina Pires Marciano. Ela conta:

“Eram mulheres que mantinham os filhos impecáveis, que nunca se esqueciam das consultas ou de qualquer atividade relacionada a eles, mas que se esqueciam completamente de si. Elas não lembravam a última vez que tinham ido ao médico.

Encontrava mulheres com baixa autoestima, sentimento de menos valia, com sintomas de depressão. Mulheres que não se olhavam, que não se conheciam, pois estavam ocupadas demais.

Desta vivência veio a vontade de realizar o projeto. Proporcionar um espaço (mesmo que virtual) de acolhimento, reflexão e troca de experiências. Um ponto de encontro, onde elas pudessem contar suas histórias e se sentirem especiais e únicas. Uma das ferramentas que percebi que me ajudaria a atingir estes objetivos é vídeo com depoimentos sobre sua história junto ao filho.”


Disponível em: https://paisefilhos.uol.com.br/blogs-e-colunistas/com-a-palavra/mae-cria-projeto-para-acolher-maes-de-criancas-com-deficiencia-foi-um-resgate-de-autoestima/

Assim como a psicóloga Karina Marciano, você pode contribuir na criação de redes de apoio e de incentivo às mães. Colabore para a mudança da forma que lhe for possível. 

Por: Ana Clara da Silva Trugilho

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